domingo, 23 de abril de 2017

O Sexto Dia




"Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança (...)". Gênesis, 1:26


Estava Deus ocupado com suas criações. Afinal, resolveu Deus descansar apenas no dia posterior à sua maior invenção, qual seja: o homem. Ele não viu a cor da pele ou dos olhos. Ele não olhou para o corpo. Não interessava a boa forma. Não era essa a perspectiva de Deus.

Elohim importou-se em criar um ser espiritual. Ele dominaria os demais seres de alma vivente, mas com a incumbência de cuidado, respeito e de sempre fazer o bem. Era para ser inteligente e munido de desejos próprios, desde que em consonância com as leis impostas por Deus. Aliás, não há nisso autoritarismo da parte do Criador. Afinal, Ele é perfeito. Logo, suas leis também são perfeitas e direcionadas ao amor e ao altruísmo. 

Nesse contexto, não falo, aqui, das leis mosaicas e dirigidas a um povo de dura cerviz.  Um mesmo Deus, que é amor, não pode se contradizer e dizer "não mate" e depois mandar "apedrejar". Antes, ressalto a importância do mandamento do amor. Tão piegas nos dias de hoje por aqueles que fazem da sua vida um carrossel de sentimentos egoístas e de muita vaidade.

Deseja conhecer a natureza de Deus? Olhe para Cristo, tão-somente.

Mas, por que Deus criou o homem? Por que não criou tão-somente outros anjos? Quem estava com Deus no momento dessa criação? A resposta é única: não sei. Como tentar colocar toda a água do Oceano num pequeno poço assim é a busca pelas respostas a essas indagações. Apenas imagino Deus, reunido com outros seres celestiais, e que até se "confundem" com Ele mesmo, dizendo "façamos"! E, assim, foi feito. 

Os anjos já existentes à época, pois não é possível afirmar que outros já não estejam surgindo no vasto Universo, devem ter aplaudido e cantado louvores, exaltando, com sublime maestria, a criação de amor em fantástica Corte Celestial.

O Pai, o Filho e o Espírito Santo - DEUS - também estavam presentes e assinaram a obra, que não deu errado, é bom destacar. Deus já sabia o que Adão e Eva iriam aprontar... A boa-nova é que sempre existiu um plano para a Salvação, por meio do Filho, que veio ao mundo, ao mesmo tempo Deus e ao mesmo tempo Homem.

Um Novo Adão veio como exemplo a ser seguido e copiado pelos diversos cristãos espalhados por este mundo impregnado de maldade. E, assim, ele nasceu, morreu por morte de cruz e ressuscitou, como estava escrito.

Existem pessoas que querem levar a Cruz de Cristo e estão enganadas, pois nunca conseguirão. A Cruz é de Cristo e não sua! Você deve carregar a sua cruz, que, embora não pareça - acredite - é bem mais leve! 

O porquê de tudo isso eu não sei. Nunca saberei nesta vida. Eu só sei que todas as vezes que tentamos viver sem fé caímos em desespero pelos problemas, que não parecem poucos, e nos sufocam. Seguir a Cristo é, antes de tudo, dar um passo de fé em direção ao fim do sofrimento. Racionalmente, a morte terrena é a certeza que nós temos. Contudo, acreditar que há vida no além túmulo nos alegra o coração e nos traz a paz de confiar que nunca será por nossos méritos, mas Daquele a quem Deus enviou como plano já no início de tudo.

A obra de Deus é muito amada por Ele. Tanto é que nos criou com espírito eterno para sua semelhança. Ora, somente um ser gigante em humildade poderia desejar criar outro com ele parecido. Pela razão humana, queremos ser únicos e especiais. Nada de similitude quando o assunto é o destaque que queremos ter, seja nas redes sociais, seja no mundo real. 

É aquele mesmo Criador quem nos dá o modelo da perfeição - Jesus -, que deve ser seguido por todos aqueles que têm compromisso e discernimento espiritual para bem viver a vida, que é eterna, eis que é sopro direto das narinas de Deus. A ser assim, a boa-nova é predicada aos desesperançados.

"E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera" (Gênesis 2:3).

Tenha gratidão. Se não a possui: peça-a a Deus.


Karoline Brasil